A lógica...


De repente não mais atinjo a cor do teu corpo. 
De repente o recinto se enche de tipos curiosos, 
do fato de estarmos pensando, da lastimável distância entre os nossos fantasmas.
De repente a lógica da tua mão me rasga: 
idealizo campos, pombos e uma parede branca que ao acordar confundi com céu. 
Confundi com céu.
De repente descubro que esta impossibilidade
é a matéria que trabalho, que comigo desenho no recuo das tuas pernas; 
que obedeço e desobedeço como que me rasgando.

Ana Cristina Cesar, pasta Rosa

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