este é o primeiro poema sobre você
que continua me ferindo
porque uma ferida demora
cerca de uma vida para sarar
é preciso ser gélida
e como uma bola de neve
fui descendo as ladeiras
uma
atrás
da
outra
lamentando
a forma cruel com a qual você
continua me empurrando
2 comentários:
A ferida que eu carrego
Sua
Como se fosse nua
No meu olhar
Faz da minha lágrima
Clara
Alguma coisa escura
Que penetra meus ossos
E não quer sair
Essa ferida sua
Que na verdade é só minha
Meu joelho ralado
Minha incoerência
Essa ferida que por ser
Tão ferida
Sou só
Eu
obrigada pela visita leve, Mari...
o poema é sempre um parto.
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