os caminhos, os burocratas no caminho. o transporte coletivo andando na contramão. a ponte entre os shoppings da zona movimentada. as aquarelas das blusas nas mãos das mulheres. mercadorias que não são mercadorias. coração na mão e o cheiro de bebê na blusa. os salgados quentes e os espelhos que projetam a gente na hora do almoço. a mulher atenciosa e feliz da lanchonete. volte sempre. escrevo as cartas na cabeça enquanto o sol quente bate sem vento. o coração é uma ameaça. sentada no banco de trás eu escrevo mais duas cartas na ponta da língua com uma faca afiada de dois gumes. o ônibus é lento. tudo é lento fora das cartas. tensão das cartas tece o dia.
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