aquele objeto-máscara
fincado no espaço,
que eu venero,
puxo e empurro,
é uma parede
de muitos donos,
anos, papéis, luz.
desvendar
essa alvenaria
vem antes dos martelos,
cinzéis, marretas
homens, mulheres
e de quem e do quê
seria uma pena
descascar uma parede
inteira com as unhas
e nunca encontrar
aquela foto. só
a moldura
e outra
e outra
moldura
Nenhum comentário:
Postar um comentário