Dormente

o gosto da lágrima chega na garganta antes de encher os olhos. minhas costas doem e a cabeça também. tremo por dentro, abro janelas, mas a porta está travada. a palavra é a maior arma para quem anseia ser ouvida. da maneira inesata que sai da boca, ou do papel, abre um buraco na couraça enferrujada. ou seria brilhosamente enferrujada? a dor passa, mas do que adianta, se a alma está inativa? meu corpo é tudo, minha alma nada.

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