arrumo a mala do senhor enquanto o ventilador bagunça as roupas, mas nunca me passa pela cabeça desistir de guardá-las para que as leve embora - junto com os calçados nos seus pés.
a porta da cozinha é o lugar que mais acolheu as lágrimas de nós quatro. olhamos para essa árvore-mãe e deixamos cair as piores dores.
a porta da cozinha é o lugar que mais acolheu as lágrimas de nós quatro. olhamos para essa árvore-mãe e deixamos cair as piores dores.
especialmente nós duas, na hora do anjo, às 18h, quando a ave maria tocava no rádio. especialmente a senhora, mãe, cujos choros eram a mistura pro cuscuz da nossa janta.
desculpa por ser essa pessoa capaz de escrever sobre a dureza que tem sido os dias. desculpa por ser uma mulher que preferiu mergulhar no triângulo das águas - de onde nunca se sai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário